sábado, 23 de fevereiro de 2008

sou relativamente relativa

sou relativa
como tu
sou força e fraquejo
sou amor e ódio
sou alegria e tristeza
sou o que procuro ser
subjectiva
às vezes enigmática
tantas vezes transparente
construo sonhos
que destrois
em castelos que nem existem
o que me alegra entristece-te
o que me dói dá-te prazer
não tenho a dureza que necessito
mas fortaleço-me
no meu casulo
procuro o sentido das coisas
e começam a encaixar-se
fazes-me pena
por não viveres

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

vamos fazer um pacto


vamos fazer um pacto
não me magoas
porque eu não deixo
e eu não te magoo
se tu não quiseres...
vamos -lo por escrito
nu e cru
preto no branco
vamos acertar agulhas
não estou minimamente interessada
em ti nem em ninguém
com muita pena minha
acredita!
não há promessas
para o bem e para o mal
alinhas?
em algo que não é nada
porque ainda que pudesse ser
eu não quero
não te dou essa opção...

sábado, 2 de fevereiro de 2008

escrevo para não esquecer

escrevo para não esquecer, o que sinto a cada instante...escrevo para minimizar a dor que às vezes me assola, demasiadas até...a dor da solidão que não consigo afastar de mim.

isolo-me porque mesmo rodeada de gente mas não consigo controlar a solidão da noite demasiado longa, dos dias lindos de sol em que me apetece ter uma mão para dar, uma festa correspondida, um sorriso cumplice, uma troca de olhares.

há momentos em que desespero por não ter solução, não encontrar saída para esta solidão interior.

não me chega o que tenho preciso de mais, muito mais, para não sentir que desperdiço os anos que me restam